terça-feira, 27 de março de 2012

Sobre os filhos...ter ou não ter

A propósito de umas polémicas recentes da blogosfera, tenho lido uns julgamentos sobre pessoas que não querem ter filhos.

Como mãe de um menino maravilhoso de 19 meses sei quais as coisas fantásticas que esse facto implica, mas também sei que muita coisa muda. Amo o meu filho com todas as minhas forças e para mim é o Ser mais amado e benvindo à face da Terra.
Acho que a verdade nunca é dita verdadeiramente de forma clara e muitas coisas são ocultadas acerca da maternidade. A nossa vida nunca mais é a mesma, é verdade. Sei que deixei coisas por fazer, tais como viajar, mas também sei que nunca é tarde para realizar esse sonhos, terei muito tempo pela frente e sei que mais tarde darei ainda mais valor às viagens que farei e aproveita-las-ei até ao tutano.
Quanto aos amigos, é quase incompatível ter amigos sem filhos, eles esgueiram-se de tal forma que só visto... Costumo dizer, que ao ter um filho se conhecem realmente as pessoas que nos rodeiam. No meu caso percebi perfeitamente quem queria ter por perto e quem não queria de todo! Algumas das pessoas com que pensava poder contar foram as primeiras a demonstrar não estarem aptas "para o cargo" e com isto vem muita desilusão (porque à partida pensamos que as pessoas são boas e que a inveja não faz parte delas).

Não me choca de forma alguma que existam mulheres que não tenham vontade de ser mães, que não tenham o instinto maternal aguçado - mesmo que muita gente argumente que tal instinto não existe, eu acho que existe. Choca-me mais as pessoas que têm filhos porque sim, porque sofrem pressões exteriores, porque está na moda ou porque o circulo de amigos já os teve.
Defendo que quem tem dúvidas acerca de ter um filho não os deve ter e deve mandar à merda as pressões dos outros. Nem toda a gente veio ao Mundo para ter filhos.
E eu acho que há mulheres com muito pouco instinto maternal. Como há homens com muito instinto paternal. Ter filhos não deve ser obrigação social e muito menos solução para salvar uma relação. Digam-me um casamento que se salve entre cagadas, vomitados, ranhos e noites sem dormir e eu dou-vos um prémio!

"Filhos não salvam relações, filhos não seguram casamentos, filhos não aproximam pessoas, filhos não servem para nos fazer felizes. Nós, enquanto pais, é que os devemos fazer felizes a eles."

Ter um filho para nos fazer felizes, é das decisões mais egoístas que existem...pessoas que atribuem a vinda de um filho como um estimulo, como quem arranja um cachorrinho, é triste...e em muitos casos, é aí que um casamento começa e aí se verá a gestão de responsabilidade onde nunca houve!

O deslumbramento de ter um filho é algo espantoso, mágico e arrebatador. Mas até para essa reviravolta emocional é preciso estar pronto, porque é uma entrega muito mais forte do que qualquer outra nas circunstâncias da vida.

1 comentário: